quinta-feira, 25 de junho de 2009

Dr. Bactéria combate uso de jalecos de médico fora de hospitais


Grande perigo é levar microrganismos patogênicos para fora das instituições. Medidas simples, como lavar roupa em solução especial e tirá-la na rua, evitam risco.

O biomédico Roberto Figueiredo, mais conhecido como Dr. Bactéria, alerta: os médicos não devem sair do hospital usando o mesmo jaleco com o qual trabalham de jeito nenhum. Em mais um de seus tradicionais testes de segurança microbiana no Fantástico, Figueiredo mostrou que a vestimenta-padrão desses profissionais pode carregar microrganismos altamente nocivos à saúde.

A idéia já está sendo levada a sério pelo governo britânico, que vai proibir os médicos do Reino Unido de usarem jalecos de manga comprida, bem como gravatas, relógios e jóias. Mas, numa blitz em São Paulo, o Dr. Bactéria achou dezenas de profissionais da saúde cometendo o erro de sair do hospital com o jaleco ainda no corpo.

O grande problema da prática é que bactérias e outros agentes microscópicos de doenças peguem "carona" na roupa, em especial em suas mangas e bolsos. O risco é pequeno, mas existe. E doenças podem chegar tanto da rua para os pacientes do hospital quanto do hospital para pessoas fora dele. No ambiente hospitalar, há muita gente com o sistema de defesa do organismo em baixa -- portanto, vulnerável a infecções. E, fora dele, idosos, doentes e crianças também ficam mais ameaçadas.

Num teste laboratorial feito com oito jalecos aparentemente impecáveis, o Dr. Bactéria encontrou bactérias muito resistentes a antibióticos, capazes de causar otites, faringites ou até pneumonia.

Segundo Figueiredo, além da medida simples de deixar o jaleco sempre dentro do ambiente hospitalar, é possível evitar os riscos das superbactérias lavando as roupas em um litro d'água misturado a 60 ml de formol. Com isso, após cinco minutos, os microrganismos estão todos mortos.

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